Presidente da Câmara é questionado por conta no exterior

Um grupo de deputados do PSB, PMDB, PT, Rede e PSOL protocolou nesta quinta-feira um requerimento direcionado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha membro do PMDB-RJ, cobrando explicações dele sobre as denúncias de que ele teria conta no exterior.
De acordo com a Procuradoria Geral da República, o Ministério Público da Suíça enviou no último dia 30 (quarta feira) ao Brasil os autos de uma investigação sobre Eduardo por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva e que indicaria a existência de contas bancárias em nome dele e de familiares no país europeu.
O presidente da Câmara tem se recusado a responder se tem ou não conta na Suíça. O advogado Antonio Fernando de Souza, representante de Eduardo Cunha, também diz que não falará sobre o assunto porque não teve conhecimento do teor da investigação.
Ao prestar seu depoimento na CPI da Petrobras, o presidente da câmara negou que tivesse conta no país europeu. Ele prestou depoimento à CPI em 12 de março de forma espontânea, assim que saiu a lista dos políticos investigados pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras. As investigações do Ministério Público suíço começaram em abril deste ano, segundo informou a PGR (Programa de Gerenciamento de Risco)
Neste caso, o peemedebista foi questionado pelo deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) sobre a existência de contas na Suíça ou em algum paraíso fiscal. Cunha negou dizendo que Não tinha conta em nenhum lugar que fosse declarado o seu imposto de renda.
A declaração de renda de Eduardo Cunha entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2014, o presidente da câmara disse que tinha apenas uma conta, no banco Itaú, com saldo de R$ 21.652,39. Não há na declaração qualquer informação sobre conta no exterior.

Por Érika Gouveia

Governo fará campanha para explicar alta da conta de luz

Após os últimos reajustes nos preços de alguns itens e a insatisfação popular os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e de Minas e Energia, Eduardo Braga, se reuniram para tratar de uma campanha publicitária para prestar contas à população com o objetivo mostrar que o aumento de quase 50% das contas de luz assegurou robustez ao setor elétrico, indicando à população que, em troca da elevação das tarifas, o governo afastou riscos de racionamento.

Os ministros informaram que segundo dados do IBGE, a energia elétrica já subiu 47,33% no país de janeiro a agosto deste ano. No Rio, a tarifa da Light teve reajuste extraordinário de 22,5% em fevereiro, e consultorias esperam que o reajuste regular deste ano fique entre 5% e 15% em novembro. Ainda assim a campanha do governo deve trazer dados do Programa de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE), lançado em setembro, com previsão de contratação de R$ 198,4 bilhões em investimentos até 2018, e apresentar as usinas que serão ligadas nos próximos meses, como Teles Pires, em Mato Grosso, e Belo Monte, no Pará. O governo deve indicar, ainda, que o custo da energia elétrica tende a recuar até 2018, em razão desses novos empreendimentos.

Contando com esses dados, apenas no mês passado o governo federal passou a considerar oficialmente como zero o risco de haver qualquer déficit de geração de energia neste ano no país. Até agosto, segundo o jornal Extra, o governo acionou 3,9 mil megawatts de novas fontes geradoras, de um total de 6,4 mil MW previstos para este ano. As usinas de Belo Monte e Teles Pires já deveriam estar operando, mas isso ainda não ocorreu. Uma pesquisa feita pelo Ibope e divulgada na quinta-feira pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel) indicou que 88% dos brasileiros consideram os preços pagos pela energia elétricos altos ou muito altos. Seis em cada dez pessoas ouvidas consideram o preço da energia atualmente abusivo.

Por Avanísio Rosa